quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Gays de Classe média alta

Credit Suisse lança serviço exclusivo para gays

Dirigidos aos clientes de alta renda — que são atendidos por funcionários gays — os serviços vão além dos tradicionais, incluindo assessoria para união civil e adoção

Por Camila Hessel

O Credit Suisse foi o primeiro entre os grandes bancos internacionais a lançar um serviço exclusivamente desenhado para atender o público gay. Voltado para clientes de alta renda na faixa dos 30 aos 40 anos, o principal diferencial é o atendimento realizado por funcionários que também pertencem à comunidade. Além dos serviços tradicionais de private bank, como orientação de investimentos, o Credit Suisse oferecerá serviços específicos para as necessidades desse público, como assessoria para união civil e adoção.
“Nossos clientes não precisam nos explicar seus estilos de vida ou, como acontece em alguns casos, se sentirem obrigados a justificar suas escolhas”, afirmou Stephen Connolly, responsável pela nova linha de serviços do banco, em entrevista concedida ao jornal britânico Telegraph. Questionado como se sentia ao expor sua homossexualidade, Connolly disse que se sentia feliz, visto que não havia distorções na comunicação e na promoção dos serviços. “Espero que outros bancos sigam o mesmo caminho.”
O segmento é mesmo atraente. De acordo com o Escritório Nacional de Estatística do Reino Unido, a renda média de um homem gay é bem superior à média nacional: eles ganham £ 31 mil (US$ 56,8 mil) por ano contra £ 25,8 mil (US$ 47,3 mil). A comunidade de gays e lésbicas em Londres é bastante forte e reúne 3 milhões de pessoas que juntas, têm rendimentos anuais de £ 81 bilhões (US$ 148,5 bilhões). Estimativas divulgadas pelo Telegraph sugerem que um a cada nove funcionários do setor de bancos, seguros e mercado financeiro do Reino Unido é gay.
Os serviços, lançados no início de agosto, ainda são restritos às unidades do Credit Suisse no Reino Unido. O banco não informa se há planos de estendê-los para outros países. Clique aqui e leia a reportagem do Telegraph (texto em inglês).

fonte: época negócios

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